“A filha disse que o Sr António não podia… mas a esposa não aceita e diz que ele pode… Afinal o que devo eu fazer?”
A história do Sr. António, da sua filha e da sua esposa poderia ser a história de qualquer um de nós, em algum momento da nossa vida, quando o nosso querer e a nossa vontade são contrários àquilo que algum entendido num assunto nos aconselha.
No nosso dia-a-dia profissional, a assistência que prestamos aos adultos mais velhos que acompanhamos é um equilíbrio difícil, às vezes muito difícil, entre aquilo que são as recomendações profissionais, as boas práticas, as vontades do próprio, as opiniões dos familiares e amigos e as nossas próprias crenças… Não poucas vezes sentimo-nos como aquele equilibrista, em cima da bicicleta, a andar numa trave fina e a manter quatro ou cinco pratos em movimento, harmoniosamente alinhados.
O equilibrista treina, prepara-se fisicamente, escolhe bem a bicicleta, a trave, os pratos, o equipamento. Tal como ele, nós formamo-nos, preparamo-nos física e emocionalmente, escolhemos bem a nossa equipa, escutamos ativamente as pessoas que assistimos e as suas famílias, valorizamos as histórias de vida e os contextos, e em parceria criamos soluções irrepetíveis.
Na maioria das vezes a resposta que procuramos é: Em harmonia com o Sr António e envolvendo a sua família, como vamos, todos nós, fazer.